Na pintura contemporânea três estilos principais estão sendo fortemente valorizados no mercado e pela crítica em 2025 — tanto por colecionadores quanto por curadores de bienais e feiras internacionais. E se você é um artista como eu, um curador ou colecionador, é importante ficar antenado nas tendências do mercado.
Pensando nisso, eu fiz uma boa pesquisa e resolvi redigir esse post, onde vou apresentar os estilos mais requisitados do momento, explicar um pouco sobre como cada um deles reflete questões sociais, emocionais ou estéticas da atualidade e claro, a cereja do bolo, mostrar alguns artistas que estão se destacando e suas obras. Continue a leitura até o final e aproveite para se atualizar! ; )
1. Figuração contemporânea emocional (ou neoexpressionismo íntimo)
Há uma busca por autenticidade emocional, identidade e vulnerabilidade. Artistas estão retomando a figura humana, mas com pinceladas cruas, paletas ousadas e composição desconstruída. A ênfase está na expressão subjetiva e psicológica, às vezes com elementos autobiográficos, questões de gênero ou traumas sociais.
Artistas relevantes:
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Salman Toor
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Jenna Gribbon
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Toyin Ojih Odutola
No Brasil: artistas como Élle de Bernardini ou Janaina Wagner exploram temas de corpo, memória e política com uma pintura intensamente poética.
2. Pintura pós-digital (analógica com estética de tela ou glitch)
É uma resposta à saturação digital. Pintores estão reproduzindo estéticas de telas, colagens digitais, pixels, efeitos de IA ou bugs — mas com técnicas tradicionais como óleo, acrílico e têmpera. Há fascínio por artistas que “imitam o digital com a mão”.
Exemplos comuns:
- Pinturas que lembram fotos com baixa resolução, distorções de IA, filtros de redes sociais ou avatares.
Artistas relevantes:
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Petra Cortright (em pintura derivada de mídia digital)
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Hernan Bas (com forte influência digital e mitologia queer)
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Austin Lee
3. Abstração gestual simbólica (espiritualidade contemporânea)
Por que é valorizado:
Com o mundo em constante crise, há uma revalorização da espiritualidade, conexão com a natureza e com o invisível. Artistas contemporâneos estão criando pinturas abstratas com forte carga simbólica, influenciadas por filosofias orientais, astrologia, misticismo ou ciências do clima.
Artistas relevantes:
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Sara Hughes (paisagens psíquicas)
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Marina Perez Simão (brasileira, com forte presença internacional)
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Lucy Bull (camadas caleidoscópicas e ritmo quase musical)
Tendência transversal: Narrativas híbridas e autorreferenciais
Muitos artistas misturam estilos, como figurativo + abstrato, ou pintura com colagem de tecidos, textos bordados ou IA impressa. A valorização está em propostas com identidade única e discurso potente, não apenas na técnica.
Após estudar todos esses artistas, ouso concluir que o mercado busca não só um estilo próprio, porque isso com o tempo, todo artista encontra o seu, mas busca OUSADIA. Eu sinto que cada vez mais a arte é instinto e não só técnica. Vimos aqui que o imperfeito, o tosco, o improvisado e o colorido estão em ALTA e eu fico feliz, porque eu venho imprimindo exatamente um pouco de tudo isso nas minhas obras.
Continue antenado aqui no Arte em Foco, porque o meu próximo post será sobre as principais tendências inovadoras no mundo das artes. Eu já comecei as pesquisas e garanto que sua mente vai ampliar ainda mais os horizontes! ; )
